De tudo
A sequência mostra o Arsenal Río Santiago e, abaixo, uma concepção artística da OPV derivada da corveta alemã MEKO 100
Por Roberto Lopes
A agência de notícias argentina Nova informou, nesta quarta-feira (09.03), que o Estaleiro Río Santiago (ARS, na sigla em castelhano) examina a possibilidade de iniciar a “construção de embarcações de patrulhamento para a Armada argentina”.
Tal iniciativa derivaria de uma reunião que Alberto Torres, chefe de gabinete do ministro da Produção, Jorge Elustondo, manteve nas últimas horas com o gerente geral do estaleiro, Daniel Romano, e com autoridades da Marinha local.
Segundo a agência, o encontro teve como propósito rever os projetos de construção militar passíveis de serem desenvolvidos pelo Río Santiago a curto e médio prazos, com o apoio do Ministério da Produção.
Nesse momento o ARS trabalha na modernização do navio-patrulha ARA King, um antigo patrulheiro oceânico hoje pertencente à Escuadrilla de Ríos, e na construção de pequenas lanchas de instrução tipo LICA, para cadetes da Escola Naval argentina.
Da reunião no estaleiro participaram, de acordo com a Nova, o chefe de Manutenção e de Arsenais da Marinha, contra-almirante Ángel Cuccorese; o diretor geral do Material Naval, contra-almirante Francisco Medrano; o Comandante da Área Naval Fluvial, contra-almirante Germán Cibeira e o oficial a quem ele passará seu cargo proximamente, Comodoro de Marinha Guillermo Simoncini, além de um representante dos trabalhadores da indústria naval, Francisco Banegas.
Kedah – De acordo com a mídia argentina especializada em assuntos militares, um dos planos cogitados pelos chefes navais argentinos é encomendar ao Estaleiro Río Santiago um modelo de patrulheiro oceânico (Ocean Patrol Vessel, no jargão militar naval internacional) derivado da corveta leve alemã MEKO 100.
Fabricada pelo grupo ThyssenKrupp Marine Systems, a MEKO 100 tem 98 m de comprimento e 2.400 toneladas de deslocamento. Ela alcança a velocidade de 28 nós e possui autonomia para navegar por até 7.200 km sem voltar à base.
Corveta “Kelantan” (175), da classe Kedah
O barco é tripulado por 78 militares, e possui acomodações para transportar uma equipe de forças especiais constituída por 22 elementos.
A Marinha da Malaísia opera seis navios-patrulha oceânicos da classe Kedah, construídos de forma compartilhada pelos estaleiros Boustead Naval Shipyard (antigo PSC Naval Dockyard) e Blohm+Voss, com base nos planos da MEKO 100. Cada um saiu, em média, por 270 milhões de dólares – valor superior a toda a verba que a Armada argentina teve para aplicar em investimento no ano de 2015.
O armamento desse barco é, contudo, bastante simplificado: um canhão Oto Melara de 76 mm na proa e outro, tipo Breda-Mauser, de 30 mm (além de metralhadoras).
Outra vista da “Kelantan”
A corveta alemã original é capaz de operar helicópteros e equipes de abordagem em mar 6 e desenvolver “velocidade econômica” no patamar (elevado) dos 19 nós horários.
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