Indústria de olho em negócios com o Exército
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A nova viatura Agrale Marruá AM 41 surge para atender às necessidades das Forças Armadas no transporte de equipamento, carga e pessoal em qualquer terreno

Leone Farias do Diário do Grande ABC

Com auditório cheio e presença significativa de oficiais militares de alta patente entre os palestrantes – dentre os quais seis generais –, evento promovido ontem pela Prefeitura de São Bernardo atraiu empresas da região interessadas em conhecer as demandas por produtos e serviços do Exército.

Esse mercado é promissor e ainda pouco explorado pelo parque fabril do Grande ABC. O setor produtivo de Defesa emprega hoje, no Brasil, cerca de 25 mil pessoas e, juntas, as 160 companhias que fazem parte da Abimde (Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança) somam R$ 3,5 bilhões em vendas por ano.

Porém, a movimentação de recursos envolve outras atividades e, segundo o diretor do departamento da indústria da defesa da Fiesp (Federação da Indústria do Estado de São Paulo), Jairo Cândido, as aquisições das três Forças chegam a R$ 20 bilhões ao ano.

O objetivo do encontro foi possibilitar que indústrias do município e de todo o Grande ABC conhecessem mais esse mercado e as necessidades em termos de equipamentos, peças e componentes, por exemplo, e tivessem noções sobre o ‘caminho das pedras’ – obtendo informações sobre normas técnicas e procedimentos – para poderem se inscrever e participar de licitações em compras feitas por essa Força Armada.

Presente ao seminário, o general Marco Antônio de Farias, que é comandante logístico do Exército, destacou a importância da iniciativa, por permitir “uma integração de interesses”. “Essa facilitação de contatos (com o setor industrial) trará frutos benéficos para as Forças Armadas, mas acima de tudo para o País”, diz.

Os oficiais militares mostraram que há oportunidades de negócios nas mais diversas áreas, que vão desde a produção de radares até fornecimento de uniformes, peças para manutenção de veículos, rádios portáteis, nobreaks etc. O foco é nacionalizar boa parte dos produtos que hoje são adquiridos no Exterior, para reduzir a dependência externa e ganhar em autonomia.

Com grande número de indústrias, principalmente do ramo metalmecânico, a região tem plenas condições de atender o Exército, avalia o prefeito Luiz Marinho. “Temos tradição na área industrial e também de produção de conhecimento”, diz. “Temos engenharia e inteligência embarcada”, observa também o diretor da regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de São Bernardo, Shotoku Yamamoto.

Marinho acrescenta que muitas empresas da região nunca pensaram em atender a Defesa, mas com a série de iniciativas que vêm sendo realizadas, podem perceber esse potencial. No ano passado, a Prefeitura já havia promovido encontro do empresariado com a Marinha, também para fomentar o desenvolvimento de fornecedores. Ele cita ainda que o programa APL (Arranjo Produtivo Local) da indústria da Defesa do Grande ABC, destinado a reunir fábricas interessadas em participar dessa cadeia produtiva, pode contribuir também para essa aproximação. Ontem, além das apresentações do Exército, a Prefeitura lançou o site desse APL (www.industriadefesaabc.com.br).

Empresários veem mercado promissor

Empresários do Grande ABC presentes ao evento mostraram entusiasmo com o potencial de negócios com as Forças Armadas. Jairo Cândido, que além de diretor da Fiesp, é presidente do grupo Inbra, de Mauá, disse que a presença do grande número de oficiais mostra a importância que o Exército dá para esse contato com a indústria da região.

Seu grupo – que conta com oito empresas, entre as quais a Inbraland, de itens de defesa (capacetes, coletes e até um veículo blindado para uso militar chamado Gladiador) –, já tem tradição no fornecimento para essa área. Recentemente fechou parceria com a Helibras para fornecer parte da fuselagem de um novo helicóptero 100% nacional e que participa da seleção no Inovar Aerodefesa – programa da Finep (Financiadora de Estudos e Pesquisas) de apoio ao setor – com projetos que somam R$ 50 milhões.

Outra empresa do Grande ABC, a NHT Engenharia, de São Bernardo, ainda não tem negócios nesse segmento, mas o diretor técnico e comercial, Sadao Hayashi, ficou surpreso, ao assistir o seminário. “Não sabia que o Exército estava tão aberto. Tive uma surpresa bastante positiva”, disse. A NHT atende as montadoras com serviços tecnológicos ligados a projetos, simulações e cálculos. Para o executivo, há boas perspectivas também no segmento de Defesa. “Já trabalho para uma fornecedora desse setor, a Agrale.”

Defesa Net



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