O ex-presidente Lula não se cansa de tentar tramoias para se livrar da Lava Jato. O malandro recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira, 23, para tentar derrubar a decisão que suspender sua posse como ministro do governo Dilma, na vergonhosa trama revelada no grampo da conversa entre os dois.
Ficou claro que os dois tramaram a nomeação para garantir foro privilegiado ao ex-presidente, o que o livraria de ações judiciais contra ele na Lava Jato. Na prática, com o afastamento da presidente Dilma Rousseff, os advogados querem que a decisão do ministro Gilmar Mendes não prevaleça e a Corte reconheça que a nomeação foi válida.
A defesa de Lula pode que o STF confirme que Lula foi ministro entre 16 de março, data da nomeação, e 12 de maio, dia da exoneração, e, dessa forma, reconheça “as consequências jurídicas decorrentes dessa situação”, como foro privilegiado, por exemplo.
Onde está a malandragem nesta manobra? Espertamente, Lula pode alegar que qualquer investigação contra teria pelo menos uma parte ocorrido durante o período em que pleiteia o foro privilegiado. Assim, sua defesa teria elementos jurídicos para questionar ou tentar sustar qualquer ação da justiça, como um mandato de prisão, por exemplo. Se bobear, Lula vai querer receber inclusive o salário de ministro pelos dias que ficou entocado no Hotel Golden Tulip, em Brasília, comprando votos contra o impeachment.
O problema é que quanto mais um investigado se desespera, mais perde a noção das coisas. Se qualquer brasileiro é perfeitamente capaz de sentir o cheiro de maracutaia a manobra, que dirá os ministros do STF, como Rodrigo Janot, que o chamou de chefe da quadrilha que assaltou a Petrobras em sua denúncia a Corte e Gilmar Mendes, que o impediu de assumir a pasta. Lula vai perder mais uma.