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Marinha recebe navio hidroceanográfico que estudará áreas oceânicas de valor estratégico
O “Vital de Oliveira” engalanado para a festa de sua entrega à Marinha do Brasil
O ministro da Defesa, Jaques Wagner, acompanhado do comandante da Marinha, almirante Eduardo Leal Ferreira, participou nesta quinta-feira (23.07), no Rio de Janeiro, da cerimônia de entrega do navio de pesquisas hidroceanográficas (NPqHo) Vital de Oliveira (H39), de 3.500 toneladas, embarcação que deve assegurar à Marinha do Brasil avanços na caracterização de áreas oceânicas estratégicas do Atlântico Sul.
Por áreas oceânicas de valor estratégico devem ser entendidas as regiões do leito submarino que exibem veios minerais importantes, como a chamada Elevação Rio Grande, espécie de platô assísmico isolado, de caráter vulcânico, sem ligações com o continente sul-americano, numa zona de alto mar livre de jurisdições ou controles nacionais.
Situada entre as latitudes 34º e28ºS e as longitudes 28º e 40ºW, a Elevação Rio Grande é revestida de crostas cobaltíferas.
O Vital de Oliveira possui recursos que o habilitam a detectar e investigar esses nódulos metálicos no fundo do mar, bem como prospectar petróleo e gases em superfícies bem abaixo da superfície marítima – como é o caso da camada pré-sal. Ele também servirá à exploração de recursos minerais em águas da chamada Zona Econômica Exclusiva (ZEE).
A construção do barco na China resultou de uma parceria firmada entre os ministérios da Defesa e da Ciência, Tecnologia e Informação, que contou com o apoio das empresas Vale e Petrobras. As travessias que o H39 irá cumprir contribuirão diretamente com o pleito do Brasil junto à Comissão de Limites da Organização das Nações Unidas, no sentido de ampliar seu limite exterior da área marítima, e, dessa forma, garantir os direitos de soberania para a exploração de riquezas naturais.
Embarcação foi construída na China e desloca 3.500 toneladas
Submarinos – A embarcação de pesquisas foi entregue à Marinha com um robô submarino denominado, no jargão naval, de Veículo de Operação Remota (ROV na sigla em inglês), apto a descer a profundidades de até 4 mil metros.
Durante a cerimônia, o ministro da Defesa lembrou que apostar na tecnologia, pesquisa e inovação oceanográfica aumenta o poderio e a soberania nacionais. “O navio impulsiona nosso poder de dissuasão porque trabalha com oceanografia física, que mede a temperatura da superfície do mar, qualidade e suas propriedades, facilitando, por exemplo, missões com submarinos”, acrescentou Wagner.
Todas as diversas funções e capacidades do Vital de Oliveira têm uso dual, ou seja, tanto servirão para assegurar a proteção das riquezas das jurisdições marítimas pertencentes ao Brasil, como poderão ser utilizadas em diversos outros setores, como no caso da pesca, meteorologia, exploração de recursos minerais, preservação do meio ambiente, entre outras.
Dados coletados por navios de pesquisas podem atingir, por exemplo, os negócios de empresas seguradoras que fazem o transporte de mercadorias para o país, pois, dependendo desses indicadores, o frete dos produtos pode aumentar ou diminuir, variação que impacta diretamente em seu preço final ao consumidor.
Ao conhecer o grupo de pesquisadores já embarcados no navio, chefiado pelo professor Moacir Araújo, o ministro da Defesa foi informado sobre as amostras recolhidas, e que as geladeiras a bordo já possuem material para dar início às novas pesquisas.
Navio tem a bordo ROV que desce até os 4.000 metros de profundidade
*Com informações da Assessoria de Comunicação Social do Ministério da Defesa.
Plano Brasil
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