04/06/2016
Enquanto o Brasil perde cerca de R$ 151 bilhões por ter deixado de investir o mínimo necessário para manter a infraestrutura existente, os governos do PT de Lula e Dilma preferiram torraram o dinheiro dos brasileiros para financiar obras no exterior, através do BNDES.
A consultoria GO Associados aponta o resultado perverso de tanta negligência dos governos petistas com a infraestrutura do país: apenas no que diz respeito ao sistema de transporte de má qualidade e uma oferta restrita de serviços públicos, o baixo nível de investimento no setor representa menos emprego e renda para a população e menos dinheiro nos cofres do governo.
Durante os governos de Lula e Dilma, o Brasil investiu em média 2,2% do PIB em infraestrutura, enquanto a média mundial foi de 3,8%. Na China, o número chegou a 8,5% e, na Índia, a 4,7%. Só em 2015, os investimentos que deixaram de ser feitos no setor representaram R$ 23 bilhões menos no bolso do trabalhador e R$ 14 bilhões no caixa do governo, segundo cálculos da GO.
O retorno de gastos com infraestrutura são imediatos e mantém a economia aquecida em todas as eatapas dos investimentos, desde a geração de emprego durante as obras até os benefícios após e conclusão e entrega dos projetos.
O BNDES é a instituição mais indicada para promover este tipo de investimentos e é justamente a isto que a instituição se presta: fomentar o desenvolvimento do país como um todo. Os governos do PT, no entanto, preferiram usar o banco para financiar projetos bilionários em países corruptos governados por ditadores, como Cuba, Angola e Venezuela. Foram mais de R$ 130 bilhões destinados a obras de infraestrutura no exterior e apenas a Odebrecht ficou com mais de 80% deste total.
Na última década, aponta o relatório, o BNDES emprestou 38,7 bilhões de dólares (cerca de R$ 108 bilhões) para operações internacionais. A Odebrecht foi a companhia que mais sacou recursos nos últimos dez anos, a construtora, que está no centro das investigações de corrupção da Operação Lava Jato, recebeu 31,702 bilhões de dólares, ou 81,8% de todo o volume desembolsado pelo BNDES a projetos no exterior. Os dados constam de relatório divulgado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que passa um pente-fino nos empréstimos feitos pelo banco público a projetos tocados fora do Brasil.