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Talebã no Paquistão escolhe novo líder após assassinato de antecessor
Asmatullah ShaheenUm porta-voz do Talebã no Paquistão disse à BBC que o grupo escolheu um novo líder para substituir Hakimullah Mehsud, morto na semana passada em um ataque com um drone americano.
O novo líder é Mullah Fazlullah, que tem uma reputação de comandante particularmente brutal.
Fazlullah acusa o Exército, agências de inteligência e políticos paquistaneses de obedecer a ordens do que chama de infiéis do Ocidente.
Em 2007, seus combatentes tomaram o controle do Vale de Swat, no noroeste do Paquistão e impuseram um regime extremamente duro, com punições que iam de açoitamento a decapitação em público.
Eles acabaram expulsos depois pelo Exército, mas mantiveram seus ataques esporádicos na região, entre eles o que quase matou a adolescente Malala Yousufzai, que defende a educação para meninas, no ano passado.
Talibã planeja onda de ataques retaliatórios no Paquistão*
O Talibã paquistanês anunciou nesta sexta-feira que vai orquestrar uma onda de ataques retaliatórios contra o governo depois de nomear o comandante linha-dura mulá Fazlullah como seu novo líder.
A promoção de Fazlullah, conhecido por suas opiniões islâmicas duras e a rejeição às conversas de paz, pelo shura do Talibã, ou conselho de liderança, um dia antes, segue-se ao assassinato de Hakimullah Mehsud, o líder anterior, em um ataque com um avião não tripulado dos EUA em 1º de novembro.
"Vamos alvejar as forças de segurança, as instalações do governo, os líderes políticos e a polícia", disse Asmatullah Shaheen, chefe do shura, à Reuters por telefone de um local não revelado.
Ele disse que o principal alvo do Talibã incluía instalações do governo e das forças armadas na província de Punjab, bastião político do primeiro-ministro, Nawaz Sharif.
"Temos um plano. Mas quero deixar uma coisa clara. Não vamos alvejar civis, mercados ou locais públicos. As pessoas não precisam ter medo", acrescentou Shaheen.
O Paquistão condena publicamente os ataques norte-americanos com aviões não tripulados como uma violação de sua soberania, mas em privado as autoridades admitem que o governo apoia esses ataques. Os militantes estão escondidos principalmente nas áreas remotas na fronteira afegã.
Defesa Net
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