Um defunto de R$ 24,5 milhões
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Um defunto de R$ 24,5 milhões


Horas depois de ser declarado fugitivo pela Polícia Federal, o empresário Paulo César de Barros Morato foi encontrado morto ontem à noite em um motel em Olinda, região metropolitana do Recife.

De acordo com o secretário executivo da Secretaria de Defesa Social, há indícios de que não se trata de homicídio. “Primeiro, a pessoa era hipertensa. Já existia histórico, segundo informações da advogada, de que ele teria tentado suicídio. Terceiro, ele estava sendo perseguido pela Polícia Federal, sob tensão muito grande. Os funcionários do motel não perceberam que ninguém entrou no local. Ele [o corpo] não tinha sinal nem externo, nem interno de violência e a porta [da suíte] estava fechada pelo lado de dentro. Então, são indícios que levam a crer em suicídio ou morte natural”, afirmou Alexandre Lucena.

No entanto, a hipótese de assassinato não será completamente descartada até que a investigação seja concluída, disse o o secretário de Defesa Social. Para saber se houve morte natural ou suicídio, várias perícias estão sendo realizadas no corpo do empresário, disse a gerente geral da Polícia Científica, Sandra Santos.

Morato, pessoa de vida aparentemente modesta, tinha uma movimentação de R$ 24,5 milhões em suas contas.

R$ 18 milhões vindos da OAS pelo suposto aluguel de máquinas para obras de transposição do São Francisco e da refinaria Abreu e Lima, a serviço de empreiteira.

Detalhe: com uma empresa sem sede, sem pátio e, ao que se sabe, sem máquinas.

A PF o apontou como “testa-de-ferro” de um esquema de lavagem de dinheiro que desviou R$ 600 milhões. A lavanderia foi descoberta a partir de investigação sobre os proprietários do avião usado pelo ex-governador Eduardo Campos na campanha presidencial de 2014. Uma das linhas apuradas é o uso do esquema de lavagem para caixa dois de campanhas de Campos ao governo, em 2010, e à presidência em 2014, quando disputou como titular da chapa de Marina Silva (Rede).

Morato se soma ao intricado quebra-cabeça que envolve o ex-governador Eduardo Campos, morto em 2014 no acidente com o avião Cessna comprado com parte dos R$ 24,5 milhões desviados. Como morto não fala, a solução da trama de corrupção fica um pouco mais díficil de solução agora.




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