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Chineses confirmam negociação com argentinos sobre o caça J-10B
Caça chinês J-10B alçando voo
Menos de duas semanas depois da visita da presidenta argentina Cristina Kirchner a Pequim, o diário eletrônico China Military Online – website semi-oficial do jornal PLA Daily (“Diário do PLA”) – publicou na última quarta-feita (11.02) que a Argentina negocia a compra de caças multifunção Chengdu J-10B.
A informação está no artigo de Xu Yongling, um ex-piloto da Força Aérea do Exército de Libertação Popular da China, que analisa a pauta do grupo de trabalho sino-argentino estabelecido ainda na primeira semana de fevereiro, para examinar as possibilidades de reaparelhamento da aviação de caça argentina no país asiático.
De acordo com uma nota publicada hoje por Andrew Tate, do grupo britânico Jane’s, acerca da notícia veiculada pelo site chinês, a negociação sobre o J-10B ganhou força depois de, aparentemente, obter prioridade sobre um entendimento inicial mantido pelos militares argentinos com os chineses, a respeito de uma eventual importação do caça leve JF-17.
No último domingo, o jornal Sunday Express, de Londres, noticiou que a indústria aeronáutica chinesa estava prestes a vender 20 caças JF-17 aos argentinos, mas a novidade (reproduzida por algumas mídias brasileiras) não foi confirmada em Buenos Aires, e sequer mereceu citação na reportagem publicada hoje pelo site do Exército de Libertação Popular da China.
J-10B na decolagem, equipado com mísseis de treinamento
Viagem - A informação acerca do interesse despertado pela aeronave J-10 coincide com matéria publicada com exclusividade pelo Poder Aéreo, no último dia 10, informando que um grupo de pilotos argentinos viajará, em março, para uma base chinesa da Região Militar de Guangzhou, na fronteira com o Vietnã, a fim de conhecer de perto e voar o J-10A, predecessor do J-10B.
De acordo com uma fonte do partido oposicionista Unión Cívica Radical, aos argentinos será dado o mesmo tratamento oferecido pelos chineses aos pilotos de combate da Força Aérea Paquistanesa. Eles também testaram a aeronave, e a aprovaram.
Segundo o Poder Aéreo pode apurar, a negociação com o governo Kirchner pode estar relacionada à desistência dos paquistaneses de receber 36 exemplares do J-10B, devido às graves restrições orçamentárias que vigoram no governo de Islamabad, e a um parecer desfavorável à conclusão do negócio, emitido pelo Fundo Monetário Internacional.
O que chama a atenção na notícia do site chinês, é que o J-10B tem o seu valor unitário estimado entre 50 e 55 milhões de dólares, quantia alta para uma força aérea de poucos recursos, como a argentina.
Poder Aéreo
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