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Argentinos vão à fronteira da China com o Vietnã testar o J-10A
Formação de aeronaves J-10 nos céus da China
Os entendimentos entre a Força Aérea Argentina (FAA) e o Ministério da Defesa da China avançam rapidamente, no sentido de que os sul-americanos possam conhecer os mais modernos modelos de aeronaves de combate fabricados atualmente pela indústria chinesa.
De acordo com uma fonte do partido União Cívica Radical (de oposição à presidenta Cristina Kirchner) ouvida pelo Poder Aéreo, duas novidades importantes passaram a circular nas últimas horas, em Buenos Aires, entre os observadores das negociações que ocorrem entre a FAA e os chineses: (1) o preço unitário elevado – 22 milhões de dólares – que teria sido pedido pela indústria chinesa para fornecer aos argentinos o caça leve sino-paquistanês Thunder (“Trovão”) JF-17 Block III, e (2) a viagem dos militares sul-americanos à fronteira da China com a República do Vietnã para conhecer de perto o jato supersônico multifunção J-10A.
A pedida pelo JF-17 causou espanto porque, dois anos atrás, quando foram procurados pela primeira vez por representantes do Complexo Aeronáutico do Paquistão – parceiro da China no projeto JF-17 –, os argentinos ouviram que a aeronave, em sua versão Block II, chegaria ao mercado internacional por, no máximo, 14,8 milhões de dólares.
Decolagem de um JF-17 paquistanês
Os executivos de marketing paquistaneses anunciam que o modelo Block III deverá ter radar AESA, HMD, melhorias na eletrônica de bordo, eventualmente alguma modificação na aerodinâmica e, caso seja necessário, um novo motor. Mas nem todas essas melhorias estariam ao alcance dos argentinos que, em virtude de sua política hostil aos ingleses – conseqüência do contencioso referente às Ilhas Malvinas –, enfrentam um severo boicote das indústrias de armamento européias.
A Força Aérea da Arábia Saudita, por exemplo, consultou os paquistaneses sobre a possibilidade de o JF-17 ser dotado de um motor Rolls Royce – alternativa que, para os argentinos, estaria fora de questão…
Tianyang – Outra notícia relevante diz respeito à viagem de militares argentinos, já no mês que vem, para a Região Militar de Guangzhou, no sudoeste da China, para conhecer de perto e voar o caça multifunção Chengdu J-10A.
Os testes serão realizados em aeronaves da 124ª Brigada de Aviação, da Base de Tianyang, unidade que é subordinada ao comando da Base de Nanning, a pouco mais de 326 km (por rodovia) de Hanoi, a capital vietnamita.
Até o fim de 2013 a 124ª Brigada estava dotada apenas das versões mais sofisticadas do caça Chengdu J-7 (cópia chinesa do MIG-21F) mas hoje a unidade dispõe dos modelos J-10 e J-10S, biplaces.
O J-10 é um avião de combate capaz de operar com qualquer tempo, de préstimos comparáveis às versões mais avançadas dos caças F-16 americano e MIG-29 russo. O seu preço unitário é estimado no patamar dos 35 milhões de dólares.
O projeto do J-10 incorporou o design concebido pela indústria aeronáutica israelense para o caça IAI Lavi, que voou pela primeira vez em dezembro de 1986 mas teve seu programa cancelado em agosto de 1987.
O caça chinês se desloca à velocidade de Mach 1.2 ao nível do mar, e de Mach 2.2 em grande altitude.
J-10S - Aos argentinos será dada, possivelmente, a oportunidade de experimentar o J-10S, que teve seu nariz alongado para acomodar um segundo tripulante. Esse procedimento foi adotado também com os pilotos de caça do Paquistão, que, em 2013, testaram (e aprovaram) a aeronave.
O curioso é que, em caso de emergência essa aeronave pode ser empregada como jato de ataque ao solo, funcionando o aviador da poltrona traseira como oficial de bombardeio (operador dos diferentes sistemas de armas).
O J-10 carrega até 7 toneladas de bombas em 11 pontos (6 sob as asas e 5 ventrais), além de ser dotado de um canhão de 23 mm e de uma grande variedade de mísseis ar-ar e ar-solo. Em missões de apoio de fogo é possível equipá-lo com foguetes de 90 mm não-guiados.
A aeronave é impulsionada por um motor russo Saturn-Lyulka AL-31FN, mas os chineses já estão testando a turbina chinesa Shenyang WS-10A. Entretanto, de acordo com fontes ocidentais, a motorização desenvolvida na China proporciona não mais do que 90% da potência despejada pelo propulsor do F-16 americano.
Poder Aéreo
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