Empresário ligado ao PT é preso em Brasília e complica mais ainda a vida de Pimentel
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Empresário ligado ao PT é preso em Brasília e complica mais ainda a vida de Pimentel


Bené foi preso em ação que apura fraude na campanha de Pimentel, em MG.
Advogado diz que cliente coopera com Justiça e prisão é 'medida de exceção'.


O empresário Benedito Rodrigues Oliveira Neto foi preso preventivamente em Brasília na manhã desta sexta (15) pela Operação Acrônimo, da Polícia Federal. Bené, como é conhecido, é dono de uma gráfica que prestou serviços ao PT durante a campanha eleitoral de 2014. A ação da PF investiga supostas irregularidades cometidas durante a campanha do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel. O motivo da prisão está sob sigilo.

O advogado de Bené, José Luís Oliveira Lima, afirmou que a prisão preventiva é "uma medida de exceção" que "jamais poderia ser aplicada no caso" do empresário. "Ele sempre esteve à disposição da Justiça. No início da semana, vou impetrar um Habeas Corpus em seu favor."

Bené está detido na carceragem da Superintendência da PF em Brasília. Como a privão é preventiva (quando a Justiça entende que ele pode atrapalhar as investigações se estiver livre), não há prazo para que ele seja libertado.

As investigações apontam que Bené teria recebido propina para atuar em favor da montadora Caoa junto ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, na época em que Pimentel comandava a pasta. A decisão diz que o relatório da PF indica que o pagamento de propina ocorreu em troca de benefícios fiscais.

Mensagens telefônicas que foram interceptadas pela PF apontam que Bené atuava como lobista da Caoa e que prestou um serviço de consultoria em favor da empresa. Pimentel nega envolvimento com qualquer atividade ilícita. À época do início da operação, ele emitiu nota dizendo que "as notas fiscais pelos serviços foram emitidas e as despesas serão declaradas na prestação de contas final da campanha". Na Operação Acrônimo, deflagrada em outubro de 2014, a PF apurou suposto esquema de lavagem de dinheiro por meio de sobrepreço e inexecução de contratos com o governo federal desde 2005.

Há suspeita de que os recursos desviados alimentavam campanhas eleitorais. A ação teve início em 2015, quando a PF chegou a apreender R$ 116 mil que estavam com Bené e outros dois homens em um jatinho que saiu de Belo Horizonte e aterrissou em Brasília.

Na ocasião, Bené foi solto após pagar fiança. Também na primeira fase da Acrônimo, a PF fez buscas no apartamento da mulher de Pimentel, a jornalista Carolina de Oliveira, em Brasília. Na época, o governador classificou a ação como um "equívoco".

"Ocorre que o mandado de busca e apreensão foi expedido com base numa alegação, numa definição inverídica, absolutamente inverídica”, disse o governador na ocasião. Dois dias depois, o advogado de Carolina de Oliveira, Pierpaolo Bottini, entregou à Justiça Federal em Brasília documentos que comprovariam a inocência da primeira-dama mineira. A empreitada da PF apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro por meio de sobrepreço e inexecução de contratos com o governo federal desde 2005.

Delação
O nome de Bené é citado na delação premiada da dona da agência Pepper, Danielle Fonteles, que cuidou da imagem de Dilma Rousseff em redes sociais na campanha presidencial de 2010. No acordo de colaboração, que corre em sigilo, ela deve detalhar o suposto envolvimento de Bené, do governador Pimentel e da mulher dele, Carolina.




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