O saque de Pimentel
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O saque de Pimentel


No dia 19 de dezembro de 2014, dois meses após vencer as eleições para o governo de Minas Gerais, Fernando Pimentel fez um saque de R$ 150 mil em sua agência do Banco do Brasil em Belo Horizonte. A quantia em dinheiro vivo acabou acendendo o sinal de alerta do Coaf. Até mesmo porque se tratava de um momento sensível para Pimentel. As contas de sua campanha haviam sido rejeitadas pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas. Apresentavam R$ 10 milhões a mais em despesas do que os R$ 42 milhões declarados. (O caso está sendo avaliado no Tribunal Superior Eleitoral.)

Na análise das movimentações de Pimentel, os investigadores anotam um comportamento atípico do governador no caso do saque de R$ 150 mil: “Parte destas comunicações foi reportada porque o titular apresentou resistência na apresentação de informações, ou fornecimento de informações incorretas, relativas à identificação ou à operação”.

A Polícia Federal também investiga se o comitê petista mineiro recebeu recursos ilícitos de contratos assinados entre órgãos públicos e as empresas de Benedito Rodrigues de Oliveira, amigo de Pimentel que foi preso com R$ 113 mil em espécie dentro de um avião em outubro de 2014, no auge das eleições. Benedito Rodrigues, conhecido como Bené, movimentou em suas contas, segundo o Coaf, R$ 8,5 milhões entre 2007 e 2015. De agosto de 2014, véspera da campanha, até janeiro deste ano, ele movimentou R$ 1,9 milhão. A PF suspeita que o empresário tenha participado de um esquema de lavagem de dinheiro para a campanha de Pimentel.

MISTÉRIO O governador Pimentel também fez aplicações de R$ 676 mil no mercado segurador sem prestar informações sobre a origem do dinheiro, segundo o Coaf (acima) (Foto:  )

O governador mineiro já foi alvo de outras comunicações do Coaf. Entre 2009 e 2014, Pimentel aplicou R$ 676.588 no mercado de seguros, sem explicar a origem dos recursos ou a razão da transação. Em outro relatório, Pimentel acabou entrando na mira do Coaf devido ao fluxo financeiro da rede de lojas especializada em tapetes Belorizonte Couros, administrada por sua família. Entre dezembro de 2009 e maio de 2010, houve uma movimentação no valor de R$ 2,2 milhões, considerada atípica. Não há registro se esses apontamentos foram ou estão sendo investigados pelas autoridades brasileiras.

Os advogados de Fernando Pimentel, Antônio Carlos de Almeida Castro e Pierpaolo Cruz Bottini, afirmaram que o “governador apresentará todos os esclarecimentos assim que as informações mencionadas forem disponibilizadas nos autos do inquérito e que a defesa desconhece a origem e o conteúdo dos documentos”. “O governador reafirma jamais ter participado de qualquer ato ilícito, colocando-se, como sempre o fez, à disposição para todo e qualquer esclarecimento, sempre que apresentados os documentos nos quais se fundam as supostas acusações.” Já em relação às contas de campanha, os advogados de Pimentel disseram que seu cliente “confia que o TSE vai aprová-las após a conclusão do processo”.




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