De tudo
A Rússia inicia a construção de quebra-gelos atômicos de nova geração. O navio do projeto 22220, designado de Ártica em homenagem ao famoso quebra-gelos soviético, será lançado à água em 2017. As suas características espetaculares se devem à multiplicidade de tarefas a cumprir, pelo que o novo navio, de dois calados, poderá navegar tanto nas zonas profundas da rota marítima do norte, como na estiagem da plataforma continental. Existem planos de construir, nos próximos 10 anos, três quebra-gelos desse tipo.
Opção impecável
Como se sabe, a Rússia tem utilizado a rota marítima do norte há já oito décadas. Os quebra-gelos têm desempenhado um papel fundamental em todas as rotas polares, assegurando a passagem de embarcações civis e militares. Uma nova época nesse processo se iniciou em 1960, quando foi posto em serviço o primeiro quebra-gelos atômico Lenin. Desde a década de 70, ia crescendo o papel de navios mais potentes e seguros como o Ártica. Os quebra-gelos dessa classe como o 50 anos de Vitória e o Yamal, considerados os mais potentes, podem alcançar o Oceano Glacial Ártico em qualquer estação do ano. Ao mesmo tempo, se utilizam os navios de tamanho menor – o Taimyr e o Vaigach, de calado menor, o que lhes permite operar tanto em alto mar, como em desembocaduras dos rios.
Em 5 de novembro tiveram início as obras de construção do quebra-gelos de nova geração do projeto 22220. Chama-se Ártica, em honra do seu antecessor, que se tornou o primeiro navio de superfície a alcançar o Pólo Norte.
A construção de dois navios do gênero está a cargo da empresa Baltiysky, devendo o quebra-gelo principal entrar em serviço já em 2018. Destaca-se pelo tamanho: a largura do corpo constitui 33 metros, o que permite aumentar o canal e efetuar a passagem de embarcações de grande dimensão a uma elevada velocidade. Todavia, o incremento da largura e do comprimento levou a consequências interessantes – o quebra-gelos, sem as reservas de combustível, “emergiu”: o seu calado encolheu até 8,5 metros. Foi daí que surgiu a decisão de criar um navio de dois calados.
A principal vantagem do novo projeto consiste em que ele pode, alterando o calado por meio de cisternas de balastro, navegar no mar alto e no baixo. Com um calado normal de 8,5 metros, o quebra-gelos LK-60 estará em condições de entrar no porto de Dudinka (na região de Krasnoyarsk), no golfo de Ob e em outras zonas de estiagem. Aumentando o calado em dois ou três metros à custa do balastro, o LK-60 poderá atuar em alto mar, utilizando a massa e a força de inércia para quebrar gelos espessos até três metros.
Planos para futuro
O novo quebra-gelos poderá substituir os navios como o Ártica e o Taimyr. Ao que parece, os três quebra-gelos do projeto 22220 serão suficientes para substituir os quatro navios existentes. Enquanto isso, prosseguem as obras de projeção de um quebra-gelos ainda mais potente, designado LK-110Я (o algarismo significa a potência da instalação energética em megavátios). A capacidade de passagem será na ordem de 3,5 metros, o que, sem dúvida, facilitará o processo de navegação, fazendo possível ainda o acompanhamento de navios no período de inverno.
Mas os planos não terminam por aí: está em vias de construção uma série de quebra-gelos a diesel LK-25. Tais navios deverão prestar apoio aos quebra-gelos atômicos no acompanhamento de grandes caravanas, trabalhando nas fozes de rios inacessíveis mesmo para os navios de dois calados. Estes quebra-gelos a diesel poderão ser utilizados nos mares Branco e Báltico em que na época de inverno também se forma a crosta de gelo.
E, por fim, para o trabalho em portos marítimos se pretende usar os pequenos navios LK-18 e dois LK-16. Estes quebra-gelos a diesel poderão ser empregados para os trabalhos de limpeza nos portos desde o Báltico até ao Oceano Pacífico. Os contratos de construção de quatro quebra-gelos com a capacidade de 25Mvt, 18 Mvt e dois 16Mvt, respectivamente, no valor total de 20,4 milhões de rublos, foram celebrados em 2 dezembro de 2011 entre a Corporação de Construção Naval e a empresa Rosmorflot. Os dois quebra-gelos com a capacidade de 16Mvt serão construídos na empresa de Vyborg, enquanto que os LK-18 e o LK-25 - na empresa Baltiysky de São Petersburgo.
Os novos quebra-gelos se tornam cada vez mais procurados. Tomando em conta os planos de utilização da rota marítima do norte, irá crescer, nos próximos 10 anos, a atividade militar e civil nessa zona. Por essa altura, a Rússia poderá levar a bom termo a construção de oito quebra-gelos modernos.
Voz da Rússia
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Em 5 de novembro tiveram início as obras de construção do quebra-gelos de nova geração do projeto 22220. Chama-se Ártica, em honra do seu antecessor, que se tornou o primeiro navio de superfície a alcançar o Pólo Norte.
A construção de dois navios do gênero está a cargo da empresa Baltiysky, devendo o quebra-gelo principal entrar em serviço já em 2018. Destaca-se pelo tamanho: a largura do corpo constitui 33 metros, o que permite aumentar o canal e efetuar a passagem de embarcações de grande dimensão a uma elevada velocidade. Todavia, o incremento da largura e do comprimento levou a consequências interessantes – o quebra-gelos, sem as reservas de combustível, “emergiu”: o seu calado encolheu até 8,5 metros. Foi daí que surgiu a decisão de criar um navio de dois calados.
A principal vantagem do novo projeto consiste em que ele pode, alterando o calado por meio de cisternas de balastro, navegar no mar alto e no baixo. Com um calado normal de 8,5 metros, o quebra-gelos LK-60 estará em condições de entrar no porto de Dudinka (na região de Krasnoyarsk), no golfo de Ob e em outras zonas de estiagem. Aumentando o calado em dois ou três metros à custa do balastro, o LK-60 poderá atuar em alto mar, utilizando a massa e a força de inércia para quebrar gelos espessos até três metros.
Planos para futuro
O novo quebra-gelos poderá substituir os navios como o Ártica e o Taimyr. Ao que parece, os três quebra-gelos do projeto 22220 serão suficientes para substituir os quatro navios existentes. Enquanto isso, prosseguem as obras de projeção de um quebra-gelos ainda mais potente, designado LK-110Я (o algarismo significa a potência da instalação energética em megavátios). A capacidade de passagem será na ordem de 3,5 metros, o que, sem dúvida, facilitará o processo de navegação, fazendo possível ainda o acompanhamento de navios no período de inverno.
Mas os planos não terminam por aí: está em vias de construção uma série de quebra-gelos a diesel LK-25. Tais navios deverão prestar apoio aos quebra-gelos atômicos no acompanhamento de grandes caravanas, trabalhando nas fozes de rios inacessíveis mesmo para os navios de dois calados. Estes quebra-gelos a diesel poderão ser utilizados nos mares Branco e Báltico em que na época de inverno também se forma a crosta de gelo.
E, por fim, para o trabalho em portos marítimos se pretende usar os pequenos navios LK-18 e dois LK-16. Estes quebra-gelos a diesel poderão ser empregados para os trabalhos de limpeza nos portos desde o Báltico até ao Oceano Pacífico. Os contratos de construção de quatro quebra-gelos com a capacidade de 25Mvt, 18 Mvt e dois 16Mvt, respectivamente, no valor total de 20,4 milhões de rublos, foram celebrados em 2 dezembro de 2011 entre a Corporação de Construção Naval e a empresa Rosmorflot. Os dois quebra-gelos com a capacidade de 16Mvt serão construídos na empresa de Vyborg, enquanto que os LK-18 e o LK-25 - na empresa Baltiysky de São Petersburgo.
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