De tudo
Zigurat
Teatro de arena.
Cada lugar demarcado por uma colher embrulhada num guardanapo de pano azul.
Pegamos a colher e o guardanapo. Sentamos. A colher vai pro colo.
E ali fica, embrulhadinha no bonito azul do guardanapo enquanto as luzes da platéia diminuem.
A luz da arena sobe, revelando um cenário tanto delicioso quanto inusitado: 7 mesas de tamanhos diferentes dispostas em pirâmide, um fogão industrial, enormes panelas, frutos do mar, grão de bico e temperos espalhados pelo cenário.
O ator se apresenta e nos convida a ouvir 7 histórias que passa a contar a partir de então.
Paralelo à sua narrativa, ele vai realizando movimentos e executando ações de uma precisão e bailado que nos remete a muitas horas de marcação e ensaio.
Primeiro ele escala acrobaticamente as 7 mesas sobrepostas e vai tirando uma a uma. Deposita cada uma ao redor do fogão até formar uma ilha de trabalho.
Neste espaço mágico, repleto de cheiros, sons e luzes, as histórias vão se desenrolando enquanto o ator contracena com tampas que bailam sobre as mesas sem jamais cair no chão e temperos que saem como mágica de bolsos internos de um paletó florido.
Os sons do preparo do prato se confundem com as histórias e, assim, o som da cebola fritando no azeite se confunde com o barulho da chuva que cai torrencialmente neste importante momento da história que ele nos conta.
Os cheiros são divinos, as cores dos pimentões são perfeitas, e, em dado momento podemos até provar do sabor dos mariscos que ele oferece numa cumbuca que passa de mão em mão pela platéia.
Ao cabo de 1 hora temos pronto o prato de frutos do mar com grão de bico que é servido no exato momento em que ele termina de contar a última história. O ator tira detrás de um biombo um carrinho com pratos brancos e jarras de vinho.
Somos convidados a jantar com ele. Descemos pra arena empunhando a colher e o guardanapo. Com a deliciosa sensação de que fomos convidados a um banquete do qual presenciamos o preparo, onde foram misturadas várias artes a cada tempero acrescentado. Não existem copos. As jarras de vinho têm compridos bicos, como bules de vidro, e devem ser entornadas de forma a cair direto na boca. Uma delícia.
O prato estava divino. As histórias deliciosas. O ator, perfeito. O bailado e perfeição das marcas entregam um diretor preciso. O vinho, espanhol, não nos foi revelada a marca, era soberbo. Comemos, bebemos e nos fartamos. De sabores e beleza.
A beleza do convívio e do calor dos corpos que se abraçam e celebram.
A vida, o vinho e o encontro de pessoas que compartilharam um momento perfeito.
Zigurat, peça de teatro espanhol, no FILO de 1997. Londrina.
Pedaços de vida. Pedaços de mim.
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